Serpentes, gambás, morcegos, lagartos teiús e aves rapinantes são alguns dos animais que mais podem ser encontrados nos ambientes rurais e urbanos e, por isso, também ficam mais vulneráveis a agressões. Instituto Água e Terra reforça o pedido para que a população acione os órgãos ambientais competentes.
Serpentes, gambás, morcegos, lagartos teiús e aves rapinantes. Esses são exemplos de animais da fauna silvestre do Paraná que com regularidade interagem de alguma forma com a população e acabam pagando caro por isso. É comum que órgãos ambientais como o Instituto Água e Terra (IAT) recebam animais feridos pela ação humana. Parte por desconhecimento de que o animal não causará nenhum mal. Há, porém, quem haja intencionalmente com brutalidade contra a fauna.
No começo deste mês, por exemplo, a Secretaria do Meio Ambiente de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, encaminhou para o IAT um ouriço-cacheiro (Coendou spinosus) com traumatismo craniano após ser atingido na cabeça por um objeto pontiagudo, muito provavelmente um machado. Após exames complementares e parecer veterinário, o animal precisou passar por eutanásia devido à gravidade das lesões. “É algo chocante, chorei de tristeza e de ódio naquele dia”, conta a veterinária do Instituto, Tássia Merisio.
Mas o que fazer ao se deparar com um animal silvestre perto de casa? O primeiro passo é manter a calma e não tocar no bicho. A partir daí contatar o órgão ambiental especializado para fazer a remoção de maneira adequada, sem riscos para o animal e para a população.
O cuidado com esses animais ajuda a manter o equilíbrio do meio ambiente. Ele deve ser praticado mesmo com cobras ou animais maiores, que causam certo temor. Todo o processo de atendimento à fauna silvestre nos municípios é regulamentado pela a Resolução Sedest/IAT nº 013/2022.
ANIMAIS FERIDOS – Já no caso de avistar animais machucados, o resgate pode ser solicitado ligando na Secretaria de Meio Ambiente do município ou no Setor de Fauna do Instituto Água e Terra para demais orientações.
Para denúncia de animais vítimas de maus-tratos, caça, tráfico ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato diretamente com a Polícia Militar Ambiental através do Disque Denúncia 181 ou com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra.
É necessário informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.
O IAT ressalta ainda que o ato de matar, perseguir e caçar animais silvestres é um crime previsto pela Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Quer saber mais sobre como proceder no caso de uma visita inesperada de um animal silvestre? O Instituto Água e Terra preparou um guia informativo.
Informações retiradas do site www.aen.pr.gov.br (em 02 de julho de 2024).