Procura por felinos tem aumentado mais do que a de cães, que tiveram alta de 4% de 2020 para 2021; cachorros ainda lideram ranking em números absolutos
Os gatos realmente estão vindo com tudo: a população de pets felinos foi a que registrou maior crescimento no Brasil entre 2020 e 2021, 6% – acima do aumento dos cães, que ficou em 4%. Esse é um dos resultados do mais recente Censo Pet IPB, levantamento anual da população de animais de estimação realizado pelo Instituto Pet Brasil, instituição que há nove anos estimula o desenvolvimento do setor pet brasileiro.
A pesquisa revela que o Brasil encerrou 2021 com 149,6 milhões de animais de estimação, um aumento de 3,7% sobre os 144,3 milhões do ano anterior. Os cães lideram o ranking, com 58,1 milhões de indivíduos. As aves canoras vêm em segundo, com 41 milhões. Os gatos figuram em terceiro lugar, com 27,1 milhões, seguidos de perto pelos peixes (20,8 milhões). E depois vêm os pequenos répteis e mamíferos (2,5 milhões).
Nesse período de um ano, a população de gatos registrou elevação de 6% (de 25,6 milhões para 27,1 milhões), o maior crescimento entre as espécies no período e o maior aumento anual de felinos desde o início do levantamento, em 2018. Os peixes vêm em segundo lugar, com 4,5%, seguidos dos cães (4%), aves (1,5%) e pequenos répteis e mamíferos (0,8%).
Nos anos anteriores, os gatos já vinham registrando aumento maior em relação aos cães, mas nunca como o do último levantamento (6%). De 2019 para 2020, o índice foi de 3,6%. De 2018 para 2019, 3,4%. Os dados passaram a ser computados em 2018, mas uma estimativa do IPB dos últimos dez anos aponta para um crescimento médio anual de 2,5% entre os felinos.
Apartamentos
Para Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do IPB, o aumento da população de felinos se deve a três fatores. “O crescimento da preferência pelos felinos ocorre devido ao envelhecimento da população brasileira, ao aumento de pessoas que moram em apartamentos e que moram sozinhas. Um dos principais motivos é que o gato é um animal que não demanda tanta atenção como os cães”, explica o especialista.
Ainda assim, Marraccini alerta que donos de qualquer animal de estimação devem garantir todos os cuidados necessários para sua saúde e qualidade de vida. “O fato de gatos terem uma personalidade diferente da de cães não quer dizer que não exijam cuidados. Quem pensa em ter um felino em casa tem que ter a consciência de que haverá gastos com alimentação, saúde, lazer, entre outros.”
Texto originalmente publicado no Site Instituto Pet Brasil (18 de Julho 2022).