Uma história digna de roteiro de cinema emocionou moradores de Palmas nesta semana. A gatinha Faísca, que estava desaparecida há mais de três meses após fugir durante uma parada em um posto de combustíveis na cidade de Fortaleza do Tabocão, retornou misteriosamente para casa — localizada a cerca de 170 km de distância.

O desaparecimento

O caso aconteceu no dia 23 de dezembro de 2024, quando os tutores Elanne Aguiar e o marido, Jeison Oliveira, viajavam para visitar parentes. Durante o trajeto, pararam em um posto próximo a Guaraí (TO) para trocar a fralda de Faísca — que sofre de atresia anal, uma má formação congênita que exige cuidados diários e o uso de fraldas.

Foi nesse momento que tudo mudou. Assustada com o movimento no local, Faísca se soltou e fugiu. O casal passou horas procurando por ela, mas sem sucesso.

“Somente uma funcionária do posto, chamada Fernanda, se mostrou sensível à nossa situação e anotou nosso contato”, contou Elanne.

Na volta para casa, dias depois, Elanne e Jeison tentaram novamente encontrar Faísca nas redondezas do posto, mas já sem muitas esperanças. Quatro dias após o desaparecimento, Elanne fez uma postagem no Instagram se despedindo da felina.

O reencontro inesperado

A reviravolta veio na última segunda-feira (7 de abril). Durante o expediente de trabalho, Elanne recebeu uma ligação da veterinária responsável por acompanhar Faísca.

“Ela me disse: ‘Elanne, encontraram a Faísca’. Eu não conseguia acreditar. Liguei pro Jeison na hora, e ele ficou em choque”, relembra.

Segundo a veterinária, alunos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) encontraram a gatinha debilitada no campus e acionaram um colega da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que logo suspeitou tratar-se de Faísca devido às características peculiares da felina.

Faísca foi resgatada com sinais de desnutrição, uma fratura na coluna e um certo grau de desorientação, mas reconheceu rapidamente os tutores, o lar e sua irmã felina.

Como ela voltou?

Apesar do alívio e alegria do reencontro, um mistério paira no ar: como Faísca percorreu os 170 km até Palmas?

Elanne não acredita que ela tenha caminhado todo o percurso sozinha, principalmente devido à condição de saúde da gatinha. A teoria mais plausível é que ela tenha sido levada, voluntária ou involuntariamente, por alguém.

“O próprio veterinário disse que gostaria de ser o Dr. Dolittle para poder perguntar a ela o que viveu nesses três meses”, brinca Elanne.

Um final feliz (e enigmático)

Agora, Faísca segue em tratamento e recuperação, recebendo todo o carinho e cuidado da família. A jornada da gatinha, que nasceu com uma condição rara e enfrentou tantos obstáculos, inspira e emociona.

“Agora é só cuidar dela e recuperar o tempo perdido”, finaliza Elanne, aliviada.

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