O mercado de pet shop, destinado a itens de higiene, beleza, lazer e saúde de animais domésticos, vem crescendo nos últimos anos. De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Pet Brasil (IPB), o segmento chegará a um faturamento de R$ 76,3 bilhões em 2024, o que representa 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Do total de empresas ativas, cerca de 13,2% são de Minas Gerais.

A pesquisa mostrou que o setor arrecadou R$ 68 bilhões, sendo a maior parte deste valor com produtos alimentícios (57,2%), seguido por medicinal (33,7%), acessórios (31,8%), higiene (28,9%) e vestimentas (6,4%). Além disso, os serviços de banho e tosa, transporte e hospedagem são os principais do ramo.

Assim como o faturamento, o número de empregos formais no âmbito do comércio varejista e serviços também apresentou aumento nos últimos cinco anos. Em 2020, havia 81.540 postos formais no Brasil pertencentes ao mercado pet, quantidade que chegou a 107.085 em 2024. Em Minas Gerais, a tendência se repete, saindo de 9.037 empregos formais para 11.738 no mesmo período de comparação.

O presidente do IPB, Caio Villela, diz que os bichos já são parte da família. “Atualmente, existe uma média 1,6 pet para cada residência no país, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No levantamento de janeiro a março, o faturamento do segmento de pet food, que é a venda de alimentos industrializados para animais de estimação, foi de R$ 41,7 bilhões (54,7% do total do setor)”.

“Destacamos que os dois segmentos com maior alta entre 2023 e 2024 foram os de produtos veterinários e de serviços veterinários, com 16,1% e 14,2%, respectivamente. É mais um sinal de que as pessoas estão cada vez mais investindo no bem-estar e na saúde dos nossos melhores amigos”, completa.

Segundo Villela, o dinamismo do setor pet atrai empreendedores e surpreende o público. “É o caso de ideias que fazem com que as famílias dividam ainda mais momentos com os animais, padarias pet, hotéis, cafés e pousadas que recebem os bichinhos, entre outros produtos e serviços. É também um ramo muito capilarizado. Por exemplo, pequenos e médios pet shops são os estabelecimentos que concentram a maior parte da movimentação, representando 48,7% do faturamento, ou R$ 37,2 bilhões. Em seguida estão as clínicas e hospitais veterinários, com 18% ou R$ 13,7 bilhões. Em terceiro lugar estão os pet shops considerados mega store, com 9,4% do lucro ou R$ 7,1 bilhões”.

Uma das principais tendências para o segmento é o e-commerce e sua praticidade. “É um campo que o mercado tem de estar de olho. Os pets shops virtuais representam 40,6% do faturamento das vendas on-line, ou R$ 2,4 bilhões. Os consumidores também aproveitam esses canais para promoções exclusivas e facilidades, como assinaturas de produtos”, explica o presidente.

Apesar dos números robustos, o especialista chama atenção para a alta carga tributária do setor. “No caso do pet food, por exemplo, a cada R$ 1 gasto pelos consumidores, R$ 0,50 são impostos. Isso acontece no Brasil de maneira discrepante aos outros grandes mercados do mundo. Nos Estados Unidos, líder de market share, os impostos não chegam a 7% do preço final. Na Europa, a média é 18%. O pet food é essencial para a saúde e nutrição do animal. Mesmo assim, o item é enquadrado como supérfluo e sua tributação é semelhante àquela das bebidas alcoólicas e cigarros”.

“Minas Gerais é uma das principais regiões consumidoras do país e, em setembro de 2023, não incluiu o pet food na lista de produtos supérfluos que receberam aumento de ICMS em 2%. Consideramos uma grande vitória do setor pet junto ao Governo de Minas Gerais. A nossa expectativa é que essa visão da essencialidade reflita para todos os Estados” conclui Villela.

Informações retiradas do site edicaodobrasil.com.br (em 11 de junho de 2024).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui