O Ministério de Portos e Aeroportos, em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), anunciou uma investigação sobre a morte do golden retriever Joca, embarcado por engano em um voo da companhia aérea Gol. O anúncio foi feito pelo ministro Silvio Costa Silva (Republicanos) após uma reunião com os deputados federais Fernando Marangoni e estadual Rafael Saraiva, ambos do União Brasil.
Joca, de 5 anos, deveria ter voado do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para o Aeroporto Municipal de Sinop, no Mato Grosso. No entanto, o animal foi enviado para Fortaleza, no Ceará, devido a um erro da companhia aérea. João Fantazzini, tutor de Joca, foi informado do equívoco apenas ao chegar em Sinop.
Ao tomar conhecimento do erro, João optou por retornar a Guarulhos para recuperar Joca. Infelizmente, ao chegar, encontrou seu pet sem vida dentro da caixa de transporte. A companhia aérea ofereceu voos de ida e volta, além de hospedagem, como compensação pelo erro.
A Gol anunciou a suspensão temporária do transporte de animais no porão dos aviões da empresa e está oferecendo reembolso ou adiamento para os clientes que já haviam contratado o serviço.
A Delegacia do Meio Ambiente de Guarulhos instaurou um inquérito policial para investigar a morte de Joca, e Márcia Martins, mãe de João Fantazzini, compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos e apresentar o vídeo que registra o momento em que o animal foi encontrado sem vida.
Rafael Saraiva, deputado estadual, cobrou a criação de uma lei que regulamente o transporte aéreo de animais domésticos em todo o Brasil. A Anac já possui uma portaria que estabelece regras para o transporte de animais de estimação e de apoio emocional em voos domésticos e internacionais.
A Gol afirmou estar colaborando com as investigações e oferecendo todo o suporte necessário à família de João Fantazzini. A empresa se comprometeu a apurar os detalhes do ocorrido com total prioridade.
A morte trágica de Joca levanta questões sobre a segurança e o bem-estar dos animais durante o transporte aéreo, reforçando a necessidade de regulamentações claras e eficazes para proteger os pets e garantir a responsabilidade das companhias aéreas.
A sociedade brasileira aguarda esclarecimentos sobre o caso e medidas concretas para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.