Segundo a tutora, profissional não fez o diagnóstico do animal. Clínica diz não ter responsabilidade perante o caso
Um boxer, de nome Tudor, de 13 anos, passou mal no sábado (13/4), e, aflita, a tutora do cachorro, a professora Sofia Bethlem, 37 anos, buscou socorro no Centro Veterinário Vet Star, localizado no Paranoá, estabelecimento que diz oferecer assistência 24 horas. Mas, segundo a responsável pelo cão, o profissional freelancer contratado pela clínica teria se recusado a fazer o atendimento, e o pet morreu. A clínica negou responsabilidade ou falha.
No sábado, Tudor não conseguia se levantar. Juntamente com duas amigas, Sofia levou o cão às pressas para a clínica e viu o veterinário Daniel Motta na porta. “Pedi ajuda, mas ele falou: ‘Não, meu plantão já acabou. Só estou esperando o outro plantonista para poder ir embora’. Eu falei que era uma emergência, que meu cachorro estava precisando de ajuda”, contou.
Sofia cobrou explicações da Vet Star. A direção do centro argumentou que o veterinário seria freelancer e foi contratado por meio de um grupo de aplicativo, sem indicação e referência.
A tutora registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pretende apresentar denúncia ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do DF (CRMV-DF).
Versão da Clínica
O Metrópoles entrou em contato com o Centro Veterinário Vet Star, que negou qualquer responsabilidade e falha. Segundo a direção do estabelecimento, a tutora teria ficado cerca de 10 minutos na frente da clínica. Argumentou também que Sofia deveria ter descido do carro com o cachorro no colo e levado para a porta do consultório.
A clínica afirmou que o veterinário teria analisado o pet dentro do veículo. A cena teria sido gravada pelas câmeras de segurança, mas o estabelecimento não disponibilizou as imagens para a reportagem. Para a empresa, Sofia teria sido negligente em não ter procurado socorro logo após a negativa de atendimento.
Segundo a clínica, também não há certeza das condições do cachorro quando o animal chegou ao local, nem garantia de que o cão estava vivo naquele momento. Por isso, na versão da empresa, a partir da negativa, a tutora deveria buscar atendimento em outra clínica e teria estabelecimentos abertos na região.
Para o centro veterinário, o episódio deveria envolver apenas o veterinário e a tutora, no âmbito do CRMV-DF. A empresa ressaltou que Daniel era um freelancer para o sábado. Ou seja, foi contratado apenas para uma diária. Ele teria sido contratado a partir de um grupo de veterinários, e o currículo dele apontava 20 anos de experiência.
Sobre o caso, o veterinário teria dito para a empresa que não teria preparação para atender esse tipo de emergência sozinho.
Versão do Veterinário
O Metrópoles entrou em contato com Daniel Motta, que não quis se manifestar sobre o caso.
Informações retiradas do site www.metropoles.com (em 16 de abril de 2024).