O americano Clifford Walters, de 78 anos, foi condenado a pagar uma multa por ter tocado em um bisão no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. O incidente ocorreu em 20 de maio, quando Walters avistou um filhote de bisão separado de sua mãe durante a travessia de um rio. Preocupado com o bem-estar do animal, ele decidiu se aproximar para tentar resgatá-lo.

Segundo as regras do parque, os visitantes devem manter uma distância mínima de 23 metros de bisões, alces e veados, e ainda maior, de 91 metros, caso avistem ursos e lobos. A intenção é garantir a segurança tanto dos animais quanto dos visitantes. No entanto, Walters ignorou essa recomendação ao se aproximar do bisão em uma tentativa de evitar que o filhote se afogasse.

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Foto: Hellen Jack/nps.gov

Walters relatou ao jornal The New York Times que o bisão estava na água, aparentemente implorando por ajuda para sair. Ele sentiu compaixão pelo animal em perigo e tentou empurrá-lo para fora da água, a fim de que pudesse se juntar ao restante do rebanho. No entanto, o plano não deu certo, e o bisão acabou sendo rejeitado pela própria manada.

Após o incidente, os guardas do parque tentaram reintegrar o filhote ao grupo, mas não obtiveram sucesso. Diante da possibilidade do bisão se aproximar de carros e pessoas na estrada, representando um risco à segurança dos visitantes, a direção do Parque Nacional de Yellowstone tomou a decisão de sacrificar o animal.

Como consequência de sua conduta, Clifford Walters foi condenado pela Justiça a pagar uma multa de US$ 500 (cerca de R$ 2.500) e a contribuir com outros US$ 500 para uma fundação de proteção da vida selvagem. Embora reconheça que desrespeitou as regras do parque, Walters alegou ao The New York Times que sua intenção era apenas salvar o filhote de um afogamento e que não suportava a ideia de vê-lo morrer.

O incidente serve como um lembrete da importância de seguir as regras e regulamentos estabelecidos em áreas naturais protegidas, como o Parque Nacional de Yellowstone. O respeito à distância mínima estabelecida entre os visitantes e os animais selvagens é fundamental para a segurança de ambos, além de contribuir para a preservação e conservação dos ecossistemas naturais.

Afinal, o que é um bisão?

Um bisão é um mamífero herbívoro de grande porte, também conhecido como búfalo-americano. Existem duas espécies principais de bisões: o bisão-americano (Bison bison) e o bisão-europeu (Bison bonasus). O bisão-americano é nativo da América do Norte, enquanto o bisão-europeu é encontrado principalmente em regiões da Europa Oriental.

Os bisões têm um corpo robusto, com pernas curtas, uma cabeça maciça e um grande par de chifres curvados, que são característicos da espécie. Eles possuem uma pelagem densa e espessa, que pode variar em cor, do marrom escuro ao marrom claro. Os machos são geralmente maiores do que as fêmeas e podem chegar a pesar mais de uma tonelada.

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Foto: Canva/Bisão

Os bisões são animais gregários e costumam viver em grandes grupos, conhecidos como manadas. Eles são adaptados a habitats de pastagens, onde se alimentam principalmente de gramíneas e outros vegetais. No passado, os bisões eram extremamente numerosos nas planícies da América do Norte, mas devido à caça excessiva e à perda de habitat, sua população diminuiu significativamente. Atualmente, existem esforços de conservação para proteger e aumentar as populações de bisões.

Os bisões são considerados animais icônicos da fauna americana e têm um importante significado cultural para muitas tribos indígenas da América do Norte. Eles também desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, pois sua presença e padrões de alimentação afetam a vegetação e outras espécies que compartilham seu habitat.

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