O projeto de lei (PL 1474/2024), de autoria do senador Randolfe Rodrigues (AP), quer estabelecer condições e critérios mínimos para o manejo de animais domésticos por empresas de transporte coletivo de passageiros, seja aéreo, terrestre ou aquaviário. A iniciativa foi motivada pelo caso do cachorro Joca, que morreu depois de viajar de avião por engano entre São Paulo e Fortaleza, por duas vezes seguidas no mesmo dia.

Uma tragédia abalou uma família e causou revolta nas redes sociais nesta segunda-feira (22/04). Um Golden Retriever de 4 anos, chamado Joca, morreu após ser embarcado em um voo errado da companhia aérea Gol.

O cachorro deveria ter sido transportado do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para o Aeroporto Municipal de Sinop, no Mato Grosso, no voo 1480. Contudo, por um erro da companhia, Joca foi enviado para Fortaleza, no Ceará.

João Fantazzini, tutor do cachorro, só descobriu o erro ao chegar em Sinop. Ele decidiu retornar a São Paulo para reencontrar Joca. No entanto, ao chegar em Guarulhos, foi informado que o animal havia falecido.

Em nota, a Gol afirmou que foi surpreendida pela morte de Joca ao desembarcar em Guarulhos. A empresa admitiu uma falha operacional e disse que está apurando os detalhes do caso com “prioridade total”.

Giovanna Fantazzini, irmã de João, responsabilizou a companhia aérea pela morte do cachorro. Segundo ela, Joca foi deixado ao sol na pista dentro da caixa de transporte, o que teria contribuído para a sua morte.

família divulgou um vídeo que mostra Joca já sem vida dentro da caixa no aeroporto. A cena comoveu internautas e gerou indignação.

João Fantazzini desabafou sobre a dor de perder seu companheiro de quatro patas de forma trágica. Ele afirmou que sempre foi ele e Joca, e que o animal era como um filho para ele.

A Gol ofereceu voo de ida e volta para São Paulo/Mato Grosso e hospedagem gratuitos como compensação. No entanto, João expressou sua frustração com a empresa, afirmando que nenhum gesto pode trazer Joca de volta.

A morte de Joca reacendeu o debate sobre os cuidados e responsabilidades das companhias aéreas no transporte de animais. A família espera que o caso seja investigado e que medidas sejam tomadas para evitar que tragédias como essa se repitam.

A companhia aérea, por sua vez, reiterou seu pesar pela morte do cachorro e se comprometeu a colaborar com as autoridades para esclarecer o ocorrido.

“A GOL lamenta profundamente o ocorrido com o cão Joca e se solidariza com a dor do seu tutor. A Companhia informa que o cão Joca deveria ter seguido para Sinop (OPS), no voo 1480 do dia 22/04, a partir de Guarulhos (GRU), porém, por uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (FOR).

Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos (GRU) para reencontrar o Joca.

A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal”.

Fonte: Agência Senado (em 30 de abril de 2024).

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