No último sábado, uma operação conjunta da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Civil resultou no resgate de aproximadamente 170 galos que eram utilizados em rinhas na zona rural de Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul. A ação foi realizada após denúncias de maus-tratos aos animais e teve como consequência o fechamento de dois locais que funcionavam como criadouros para as rinhas.

De acordo com informações do portal Campo Grande News, os responsáveis pelos criadouros foram conduzidos à delegacia e multados em R$ 85 mil. A maioria dos galos resgatados estava confinada em gaiolas, em condições precárias. Muitas aves apresentavam mutilações, falta de alimentação e de água.

Durante a operação, foram apreendidos diversos equipamentos utilizados nas brigas de galo, como buchas (luvas para as patas dos animais), biqueiras (protetores de bicos) e rebolos (estruturas semelhantes a ringues). Além disso, foram encontrados medicamentos contra dor, seringas e agulhas que seriam utilizados nos animais para suportar o sofrimento causado pelas rinhas.

Os galos resgatados eram da raça Mura, conhecida por ser comercializável e amplamente utilizada nas rinhas. Muitos dos animais estavam mutilados, sem esporões (que foram retirados em intervenções cirúrgicas caseiras) e em condições precárias de saúde.

Os proprietários dos criadouros foram autuados por maus-tratos e multados pela Polícia Militar Ambiental em R$ 50 mil e R$ 35 mil, respectivamente. A ação policial foi desencadeada a partir de denúncias anônimas e contou com a participação de equipes que dedicaram mais de 16 horas de trabalho para resgatar os animais e apreender os materiais utilizados nas rinhas.

Essa operação reforça a crueldade e ilegalidade das rinhas de galo, prática em que os animais são submetidos a condições deploráveis e obrigados a lutar até a exaustão, muitas vezes resultando em ferimentos graves e morte. As autoridades policiais destacam a importância das denúncias e a continuidade dos esforços para combater esse tipo de crime, visando a proteção e o bem-estar dos animais.

A rinha de galo é proibida por lei e considerada crime ambiental, com pena de dois a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa e inclusão do nome no registro de antecedente criminal.

É fundamental conscientizar a sociedade sobre a crueldade envolvida nas rinhas de galo e fomentar a adoção de práticas que promovam o respeito aos animais e a sua preservação. Ações como essa operação policial em Campo Grande são um passo importante na luta contra os maus-tratos e na busca por um mundo mais humano para todas as espécies.

Denuncie pelos telefones: Disque denúncia –181 / Polícia Militar –190 / Central de Atendimento –156

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