Após anuncio do Deputado Federal Felipe Becari, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou que irá investigar o estado de saúde da capivara “Filó”, criada pelo influenciador Agenor Tupinambá, após denúncias de suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal. O fazendeiro, que reside no interior do Amazonas, também foi autuado pelo órgão pela morte e prática de maus-tratos contra uma preguiça real, além do uso de espécimes da fauna silvestre sem permissão e exploração da capivara mantida em situação de abuso e irregularmente em cativeiro.

O Ibama irá realizar uma diligência para averiguar o estado de saúde e condições dos animais. Somente após a confecção de laudos técnicos dos fiscais é que serão tomadas as medidas legais cabíveis. O órgão também esclarece que não retirou nenhum animal que está em posse de Agenor Tupinambá até o momento.

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Fotos: Arquivo Pessoal

Nota do Ibama

O Ibama autuou o influenciador Agenor Tupinambá por quatro motivos relacionados a práticas ilegais na legislação ambiental, após analisar o conteúdo de suas redes sociais. As publicações mostravam o jovem interagindo com animais silvestres retirados da vida livre e exibidos em situações incompatíveis com seus hábitos naturais, como banhos com produtos de higiene humana, uso de roupas e ornamentos.

Os motivos da autuação foram a morte de uma preguiça-real, prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça-real), uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade competente (capivara e papagaio) e exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso (capivara) e irregularmente em cativeiro.

O Ibama reforça a importância da manutenção da fauna silvestre em vida livre e alerta para os riscos do uso de animais selvagens como animais domésticos, que estimulam a retirada desses animais de seus habitats naturais e o tráfico de animais silvestres. O órgão esclarece que, mesmo que os animais sejam resgatados, é necessário comunicar a posse para as instituições competentes e definir, com base na lei, o destino do animal.

Internautas saíram em defesa do influenciador, acreditando que os animais estariam sendo bem tratados. No entanto, o Ibama destaca que a introdução de hábitos típicos de ambiente doméstico em espécies silvestres inviabiliza sua capacidade de sobrevivência na natureza.

É crucial destacar que, por mais que as pessoas acreditem estar tratando bem um animal silvestre, mesmo se ele foi resgatado, essa prática vai contra a natureza do animal, que é viver em liberdade com sua espécie.

Em situações em que animais silvestres são encontrados na natureza feridos ou filhotes desamparados, é fundamental informar a posse desses animais para as instituições competentes e, assim, seguir as leis que determinam o destino adequado para cada espécie.

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